quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

DENTRO DA ÁGUA

Nao consigo encontrar a mentira certa
nao consigo manter a agua dentro
nao há nada pra voce aqui criança
eu nao estarei la para ver
de certa forma sou voce no passado


nao consigo encontrar a loucura certa
nao consigo manter as ligaçoes
nao feche os olhos
enfie a agulha e agora puxe
devore as linhas, as arvores do pantano


o vento sopra os alicerces
a alma treme o coraçao
o quao velho e intenso é o medo?
a mesma pele riscada


nao consigo me render ao grande
nao me venha com essa palavra
perfurando de dentro pra fora
voce nao consegue manter isso ?


reze criança,
eu poderia ouvir sua voz outra vez
nao estarei la quando precisar
nao espere por min, nao espere por ninguem
garota dos sonhos tristes
morreremos todos ao limite das crianças!

COVIL DOS LOBOS

Bem vindo ao covil dos lobos
bem vindo à estranha casa do patriarca
sonde as alamendas, brinque nos jardins
há luxuria lá fora,
usúria em pele de cordeiro
continue caminhando, nao vamos longe
hoje aqui, amanha nos portoes


alimentando o sol
alimentando o sol
nada a fazer
somente cozinhar o sol


Mastigue a fruta fresca
e seja bem vindo a minha caverna
dance com as cobras no verao
devemos começar a noite agora
há uma grande estrela la fora
ela brilha intensamente no olhar dos céus
profunda e majestosa em seu tempo
e voce nao vai saber quando entrar


entao alimente estes olhos
alimente estes olhos


corra, corra , corra
o estranha esta em voce
dentro de voce e dentro dele
na cidade baixa
e agora na estrada dentro de voce