quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

ASAS DA LIBERDADE

O amor é uma navalha letal
Onde choram as borboletas
As asas dividem o tempo
Nos raios solares
Alvorada triste
Surrando os lábios suaves
Nos derretemos no brilho da estrela que se apaga
Separando o dia e a noite
Onde choram os coraçoes
Escolha o dia e o seu valor
Passeavamos nas ruas
Engolidos pelos algodões da memoria
Cospindo flores de jasmin em cada rosto
Vozes de felicidade
Distante de cada parcela
Odiamos os sentimentos
Arrastados em nosso peito
Sonhando com as asas da liberdade

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

SONHOS FANTASMAS

o grande apetite da alma
levando a fulgas diversas
perfurando seu mundo interior
tao intimo quanto uma prostituta
despido nos mais sordidos incestos
avaliando a aliança
os cavalos correm à frente
sobre um céu de verao

me leve em sua cavalgada
me leve em sua cavalgada

me entregue ao seu mestre
vendido por almas baratas
moedas de trocas arrematadas pelo paraiso
almas famintas,almas cansadas

procurando por serpentes
vazos de cores fortes
estragando a suavidade do veludo
manchando as aves de rapina
alisando as costas de quem ve
alisando os ombros de quem dorme
como garras de corvo
entre gritos e berros

nao falamos de espiritos
abraçados aos mais perversos seres
levados ao encanto horrando
conhecendo as obras antigas da morte

preferencia aos amigos
discaso a grandes reis
amando sempre os dias de chuva
dirigindo dentro dos seus olhos
para dentro de suas magoas

covil de lobos
aranhas rasantes no céu da noite
eles nao aman,nao negam
covil de lobos
perdidos no suburbio
nao vivemos a noite
cidade da noite
sob a fria perola
aos indios em frases poeticas
a poesia perdida em cada cabeça

seu cabelo queima
seus braços danção
o vento sopra ao oeste
vento do oeste
soprando as dunas de cristal
nao se pode fugir da tristesa
assopramos as magoas nao libertadas
o vento chora, o dia nasceu lindo
mais nada eh o bastante
eu,voce e o brilho do sol no templo soturno
aprovando o amor triste
eu sei onde gostaria de estar!